Medidas de prefeitos da baixada não garantem a defesa da população
A reunião dos 9 prefeitos da Baixada Santista no dia 16 não respondeu ao principal problemas diante da pandemia do corona vírus que é como defender a população, a qual, em sua maioria, depende do SUS e precisa trabalhar para sobreviver.
Os dados levantados pelos prefeitos minimizam o estrago que o vírus fará.
Falam em 1.900 casos, 0,1% da população de 1.848.654 habitantes na baixada, quando o próprio governo do Estado já assumiu que em um cenário menos grave estima que 1% dos 46 milhões de habitantes do Estado será contaminado, ou seja, na baixada esse número será no mínimo de 19.000 e não de 1.900 como dizem os prefeitos.
Há que se considerar que na população moradora da baixada há um contingente de idosos muito maior que a média nacional, o que significa que a infraestrutura para absorver os casos graves tem que ser maior, pois esse é o principal grupo de risco. Uma referência é o caso da Itália, onde a mortalidade chegou a 6,21% dos contaminados em função de ser um país com muito mais idosos. Se tomarmos essa comparação há um potencial de mortes por corona vírus na baixada de 1140 pessoas.
Na China 30% dos infectados precisaram de UTI. Mesmo que desconsideremos o maior número de idosos na baixada, a estimativa é que dessas 19.000 contaminados 5.700 precisarão de UTI, no entanto, em toda a Baixada, conforme divulgado pelos prefeitos, há um total de somente 464 leitos de UTI Adulto, dos quais 263 são em Santos.
E temos que considerar que existem várias outras doenças que precisarão de UTIs. A pandemia continuará nos próximos 2 a 3 meses e a média de utilização de UTI é de 15 a 20 dias. Com certeza, no pico da crise teremos de 1.500 a 2.000 pessoas precisando de UTI e elas não existirão, pois os prefeitos só pediram mais 90 leitos. Além de que muitas dessas UTIs estão em hospitais particulares e há que municipalizá-las para colocá-las à serviço de toda a população.
Parar a circulação de pessoas, já! Essa situação só será parcialmente atenuada se de fato as pessoas não circularem e só saírem para situações emergenciais, para que a quantidade e o ritmo de contaminação sejam menores. Nesse sentido as medidas adotadas pelos prefeitos também não respondem, pois não basta só “orientar” a suspenção das atividades não essenciais, como shopping, comércio, igrejas, cinema,etc, há que determinar que não funcionem.
Outro problema é quem irá pagar com os custos disso. Os empresários irão querer jogar nas costas dos trabalhadores o custo dessa crise econômica que se aprofundou com a pandemia e muito provavelmente o desemprego aumentará muito, os prefeitos não podem ficarem alheios a isso. O fórum dos prefeitos da baixada precisa garantir a estabilidade no emprego de todos trabalhadores e exigir que o governo do Estado e Federal tomem medidas nesse sentido. Assim como exigir a suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros, a qual consome mais de R$ 500 bilhões todo ano, e usar esses recursos para enfrentar a crise.
A reunião dos 9 prefeitos da Baixada Santista no dia 16 não respondeu ao principal problemas diante da pandemia do corona vírus que é como defender a população, a qual, em sua maioria, depende do SUS e precisa trabalhar para sobreviver.
Os dados levantados pelos prefeitos minimizam o estrago que o vírus fará.
Falam em 1.900 casos, 0,1% da população de 1.848.654 habitantes na baixada, quando o próprio governo do Estado já assumiu que em um cenário menos grave estima que 1% dos 46 milhões de habitantes do Estado será contaminado, ou seja, na baixada esse número será no mínimo de 19.000 e não de 1.900 como dizem os prefeitos.
Há que se considerar que na população moradora da baixada há um contingente de idosos muito maior que a média nacional, o que significa que a infraestrutura para absorver os casos graves tem que ser maior, pois esse é o principal grupo de risco. Uma referência é o caso da Itália, onde a mortalidade chegou a 6,21% dos contaminados em função de ser um país com muito mais idosos. Se tomarmos essa comparação há um potencial de mortes por corona vírus na baixada de 1140 pessoas.
Na China 30% dos infectados precisaram de UTI. Mesmo que desconsideremos o maior número de idosos na baixada, a estimativa é que dessas 19.000 contaminados 5.700 precisarão de UTI, no entanto, em toda a Baixada, conforme divulgado pelos prefeitos, há um total de somente 464 leitos de UTI Adulto, dos quais 263 são em Santos.
E temos que considerar que existem várias outras doenças que precisarão de UTIs. A pandemia continuará nos próximos 2 a 3 meses e a média de utilização de UTI é de 15 a 20 dias. Com certeza, no pico da crise teremos de 1.500 a 2.000 pessoas precisando de UTI e elas não existirão, pois os prefeitos só pediram mais 90 leitos. Além de que muitas dessas UTIs estão em hospitais particulares e há que municipalizá-las para colocá-las à serviço de toda a população.
Parar a circulação de pessoas, já! Essa situação só será parcialmente atenuada se de fato as pessoas não circularem e só saírem para situações emergenciais, para que a quantidade e o ritmo de contaminação sejam menores. Nesse sentido as medidas adotadas pelos prefeitos também não respondem, pois não basta só “orientar” a suspenção das atividades não essenciais, como shopping, comércio, igrejas, cinema,etc, há que determinar que não funcionem.
Outro problema é quem irá pagar com os custos disso. Os empresários irão querer jogar nas costas dos trabalhadores o custo dessa crise econômica que se aprofundou com a pandemia e muito provavelmente o desemprego aumentará muito, os prefeitos não podem ficarem alheios a isso. O fórum dos prefeitos da baixada precisa garantir a estabilidade no emprego de todos trabalhadores e exigir que o governo do Estado e Federal tomem medidas nesse sentido. Assim como exigir a suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros, a qual consome mais de R$ 500 bilhões todo ano, e usar esses recursos para enfrentar a crise.