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6 de janeiro de 2017

A cada uma hora e meia, uma mulher é assassinada no Brasil.


Na virada do ano, uma vítima em Campinas e outra na Praia Grande.



Mais uma vida de uma mulher e seu filho foram tiradas pela violência motivada pelo machismo. O recente caso que ganhou destaque foi a chacina em Campinas. Sidnei de Araújo, 46 anos, técnico de laboratório, a cinco minutos da véspera de ano novo invadiu a casa da ex-mulher e a matou, além de Isamara Filier, estava seu filho e mais 10 pessoas, e depois se matou. Deixou uma carta cheia de agressões à ex-mulher, A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias“, afirma. 



Infelizmente este não é único caso, depois de passar a virada do ano na praia, a jovem Brena Santos Pereira, de 20 anos, foi assassinada pelo namorado Everson Lopes, de 21, dentro da casa dele, na Praia Grande. Ao longo do relacionamento, Brena e Lopes chegaram a morar juntos, entretanto, há dois meses, por conta do ciúme do acusado, a vítima decidiu sair de casa e voltou para a moradia de sua mãe. 


Os casos de violência que acabam em morte sempre começam com xingamentos, assédio sexual, agressões físicas não fatais, e quando as vítimas tentam sair destas situações de agressão muitas vezes não encontram apoio na família, e muito menos orientação e acolhimento nas delegacias da mulher. Em muitos casos a mulher vítima chega a registrar alguns B.O’s (boletins de ocorrência) contra o agressor mas nada é feito.  

Apesar de aprovada a lei Maria da Penha o Brasil é um dos países mais violentos para uma mulher, sendo o 5º no ranking de feminicídios. A cada 1 hora e meia uma mulher é assassinada, a cada 12 minutos outra é estuprada e a cada 5 minutos uma é agredida.  

Faltam investimentos na construção de casas abrigo, para acolher mulheres que precisam sair de suas casas para se livrar do agressor, construir mais delegacias de mulheres com profissionais capacitados para ouvir e orientar as mulheres que procuram ajuda. Em algumas delegacias, delegados chegam a desencorajar o registro do B.O., isso quando as mulheres conseguem ser atendidas. 

A crise econômica mundial agrava a situação de violência pois impõe um aumento dos níveis de exploração e opressão sobre a classe trabalhadora de conjunto e em especial aos setores mais vulneráveis, como as mulheres, negros e LGBT’s. A ameaça de desemprego, o endividamento das famílias, os cortes nos salários, deterioram as relações aumentando a insegurança e a violência. 

É preciso que a luta das mulheres contra o machismo e suas manifestações seja tomada por toda a classe trabalhadora, homens e mulheres, porque se é verdade que todas as mulheres são vítimas da opressão, são as mulheres trabalhadoras, por sua condição de duplamente oprimidas e exploradas, as que mais sofrem as consequências da violência machista.