O PSDB e o governo Dilma (PT) querem entregar de vez o Pré-Sal para as transnacionais

O projeto de Serra só prejudica os interesses estratégicos do Brasil

Zika e microcefalia: O governo perde feio para o mosquito

As mulheres é quem devem decidir se prosseguem ou não a gestação

O que está por trás das denúncias e do apoio a Lula?

Com o momentâneo arrefecimento do impeachment de Dilma, disputa mira 2018

27 de junho de 2013

Na Baixada Santista: ocupar as ruas e conquistar direitos!

Milhões de jovens e trabalhadores estão tomando as ruas em todo país. A indignação popular contra as injustiças sociais é enorme.

Os protestos conquistaram suas primeiras vitórias. Governantes em todo país foram obrigados a reduzir a tarifa dos transportes. A mobilização de jovens e trabalhares demonstrou sua força. O governo federal, os governos estaduais, municipais, e o Congresso nacional estão acuados. Anunciam, a cada dia, “novas” medidas para acalmar as ruas como a derruba da PEC-37, anuncio de reformas políticas, etc. 

Nossa resposta deve ser: continuar nas ruas e conquistar mais! Apenas começamos... 

Na Baixada Santista, redução das tarifas de transporte já! 
Na região, a situação do transporte público é uma vergonha. Temos uma das tarifas mais caras do país e o serviço é de péssima qualidade. Os prefeitos recebem dinheiro da Piracicabana nas eleições. Depois, garantem os lucros da empresa fazendo o povo sofrer com as tarifas absurdas!

Basta! Chegou a hora de mudar! Em Santos e Cubatão, Paulo Barbosa (PSDB) e Márcia Rosa (PT), como toda a “cara de pau” não querem reduzir o preço da passagem. Em Bertioga e São Vicente, as prefeituras também se recusam a atender a vontade popular. Não podemos aceitar tamanha provocação. Temos que exigir a redução imediata da tarifa em todas as cidades da Baixada! Em outras prefeituras, como Guarujá e Praia Grande, a redução da tarifa foi muito pequena, é preciso reduzir mais!

É preciso exigir também das prefeituras o passe-livre para estudantes e desempregados! O fim da obrigatoriedade cartão nos ônibus é pra já! Transporte é um direito e não mercadoria. Apenas com estatização do transporte é possível garantir um serviço público, gratuito e de qualidade. Passe-livre Já, Brasil!

Por tudo isso, vamos todos às ruas no Dia nacional de luta na Baixada Santista nesta sexta (27), às 17h, na Praça Mauá, Participe!

Da Copa eu abro mão, quero mais dinheiro pra saúde e educação!
Chega de privilégios para os políticos!

Os governos estão a serviço das grandes empresas e dos ricos. Bilhões de reais foram gastos nos estádios da Copa. Mas nenhum centavo a mais foi pra saúde e educação. O povo morre nas filas de hospitais. Em Santos, o Paulinho “Paulada” (PSDB) anunciou que o hospital dos estivadores ficará pronto apenas em 2015... Um absurdo!

É preciso exigir que as prefeituras da região acabem com as mordomias vergonhosas dos políticos e cargos de “confiança” e coloquem todo esse dinheiro em saúde e educação já! Reabertura imediata do Hospital dos Estivadores, sem terceirizações! Contratação de mais médicos e funcionários, assim como investimento em reformas e equipamentos para os prontos-socorros e postos de atendimento!

É preciso exigir do governo federal o investimento de 10% do PIB em educação pública e 6% do PIB pra saúde pública já! 

Inflação, repressão, privatização... Dilma, assim não dá!
Mas não para por aí. Os salários não acompanham a inflação. Falta dinheiro no final do mês, sobretudo para comprar alimentos. É preciso exigir de Dilma o congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas! 

Aumento geral dos salários já!
O governo federal também está entregando o petróleo brasileiro para as multinacionais. Em setembro, o governo quer entregar o Pré-Sal num novo leilão! Não podemos permitir a entrega do petróleo nacional. Fim dos leilões! Petrobrás 100% estatal!

Greve Geral dia 11! Colocar o bloco dos trabalhadores nas ruas! 
A Anel e a CSP-Conlutas estão chamando toda a juventude e os trabalhadores, assim como as entidades estudantis, sindicais e populares a somarem às manifestações e construírem uma luta unificada. O PSTU se soma a esse chamado.

Todas as centrais sindicais do país estão chamando a greve geral dia 11. Temos que parar todos locais de trabalho e colocar o bloco dos trabalhadores na rua por suas reivindicações! Por aumento salarial, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, melhores condições de trabalho, e muitas outras exigências dos trabalhadores!

Nesse sentido, o PSTU parabeniza o sindicato dos petroleiros do Litoral Paulista (SindPetro LP) que já está convocando o dia 11 em suas bases. Chamamos todos os sindicatos da região a somarem nesse importante dia de luta!

Fora Alckmin! Abaixo a repressão!
O governo Alckmin (PSDB) foi o responsável pelo massacre da polícia contra manifestantes e jornalistas no ato dia 11 de junho. Assistimos a uma cena da Ditadura: balas de borracha, bombas, centenas de presos, dezenas de feridos, jornalistas com ferimentos graves, sendo que um deles perdeu a visão. 

É preciso derrubar esse governo criminoso que massacra os manifestantes, os negros nas periferias e os pobres nas cidades como foi no Pinheirinho em São José dos Campos (SP). Não podemos permitir que um governo que aponta suas balas contra o povo se mantenha no poder! 

Liberdade para todos presos políticos e fim dos processos contra os manifestantes! 
Desmilitarização da Polícia!
Fim da tropa de choque!
Investigação e punição exemplar dos responsáveis pela repressão!

Nem a Direita nem o PT, trabalhadores no poder!
É preciso construir uma alternativa dos trabalhadores e da juventude. Todos esses governos, como os do PSDB, e, infelizmente, também os do PT, estão comprometidos com os corruptos, empresários e banqueiros. Estão no poder para a manutenção da riqueza de uns poucos à custa da exploração e da opressão da maioria. 

A juventude e os trabalhadores só podem confiar em suas próprias forças. Apenas um governo dos trabalhadores, aliado à juventude lutadora e ao povo pobre, pode realmente acabar com as injustiças sociais e a repressão ao povo.

Fora Alckmin!
Nem a direita nem o PT, trabalhadores no poder!

25 de junho de 2013

Boletim sobre as mobilizações que sacodem o país


Frente às mobilizações que sacodem o país, a regional PSTU Baixada Santista lançou um boletim sobre os protestos que acontecem no País e na Região pela redução da tarifa de ônibus. Para ler o informativo, que será distribuído durante os atos, basta clicar nos links abaixo e nas imagens geradas para ampliar a visualização.

18 de junho de 2013

Tamiris Rizzo: "Por que tomo partido e levanto minha bandeira vermelha?"

Tamiris Rizzo, candidata a vereadora pelo PSTU em Santos nas eleições de 2012

Meu nome é Tamiris Pereira Rizzo, tenho 23 anos, filha de uma mãe que construiu o PT e de um pai que constrói o PCdo B, e sou com muito orgulho militante do PSTU desde 2007. Quero dizer que o que eu vi no dia de ontem. Foi aquilo que meus pais viram com o Fora Collor, foi o que os meus pais viram e fizeram na luta pelas "Diretas já" contra a ditadura.

Foi, em suma, multidões tomando as ruas, foi a nossa geração de jovens assumindo protagonismo, junto aos demais jovens turcos, sírios, egípcios, espanhóis, chilenos... na luta contra o alto custo de vida e as injustiças sociais que o capitalismo nos impõe. Foi, de fato, muito mais que 20 centavos. 

Quero dizer a você que, pela primeira vez, tomou as ruas para lutar que seja muito bem vindo! No entanto, gostaria que soubesse de algumas coisas...

''Sem partido, sem bandeira"
Para você ir às ruas, ainda mais com o seu cartaz , seja lá o que tiver escrito nele, meus pais, militantes de outros partidos, foram duramente reprimidos. Militantes do meu partido, o PSTU, e outras organizações derramaram sangue, para que você pudesse ir às ruas, levantar o seu cartaz, para que vivêssemos na "democracia".

A história não é contada por indivíduos, a história não é feita por indivíduos, ainda que indivíduos possam marcar a história. O que alguns fizeram ontem, pedindo ''Sem partido'', ''abaixa a bandeira'' e, inclusive, os que desferiram ataques físicos, foram dignos de lástimas de puro individualismo, porque ignoraram a história de coletivos de multidões que acordaram em outros momentos, ignoraram as organizações políticas que eram parte indissolúvel de tais multidões e ignoraram a luta social que nos antecede e, pior, foram dignos de aplausos pela direita brasileira e pelos setores fascistas. 

Faça um exercício de reflexão... vivemos numa democracia formal, em que na verdade o que existe é a democracia dos ricos, na qual a nós, jovens e trabalhadores, tudo é negado: o direito à educação, saúde, emprego...; e a eles tudo é concedido... boa escola, boa saúde, ingressos para copa...

Ajuda ou atrapalha que mais organizações, partidos e etc..estejam na luta contra a democracia dos ricos, se posicionando claramente ao lado dos explorados e oprimidos?

Os sonhos do PSTU não cabem em urnas, o nosso sonho nasce e cresce nas ruas. Você por acaso já viu o PSTU dominar os horários eleitorais? Já nos viu nos debates para presidenciáveis? Você sabe o que defendemos? Não, né? Por que será? A nós, não é concedido os mesmos direitos que aos demais partidos. Se você - corretamente decepcionado com o PT, PSDB, PMDB e demais partidos burgueses - acha que todo mundo é igual, que a solução é gritar ''Sem partido, abaixa a bandeira", esse grito vazio de qualquer conteúdo, saiba e sinta-se responsável por fortalecer a direita. Porque ao dizer isso, ao desconhecer os projetos de sociedade que cada partido defende, está fazendo com que se perpetue o desconhecimento e, consequentemente, a permanência do ódio aos pobres pelo PSDB, a traição do PT nos governos de plantão, e o principal: acaba por colocar em trincheiras diferentes aqueles que acreditam que as eleições não mudam a vida. Assim, nos divide e facilita que essa grande conclusão permaneça no esquecimento de milhares que continuaram votando no PT, PSDB, PMDB... e que continuarão achando que não se precisa ir às ruas. 

A verdadeira democracia só poderá ser alcançada nas ruas com uma verdadeira revolução política e social, onde a maioria faz a minoria (as elites) recuar. E não tenha dúvidas, e nem se sinta auto-suficiente a ponto de achar que para isso basta você ou nobres indivíduos cultos.

Sem a classe trabalhadora, sem os que produzem a riqueza, nada disso é possível. E saiba que nós, do PSTU, estamos hoje nas principais greves no Brasil, dos Metalúrgicos, dos trabalhadores petroleiros, dos trabalhadores bancários e professores, dos servidores públicos, dos moradores do Pinheirinho...

E saiba, o PSTU nunca esteve dormindo e sempre esteve e estará lá apoiando e estimulando cada passo desses trabalhadores para quando esse grande momento chegar. E é essa a nossa razão de existir.

Portanto, não nos chame de oportunistas por participarmos da luta. Oportunistas são aqueles que querem tirar proveito das situações. Nós somos aqueles que impulsionam a criação das situações, que impulsionamos a luta, somos parte integrante da luta, assim como somos parte e estivemos em todas as reuniões de organização dos atos em todo país. 

Quero que saiba que a bandeira do Brasil tem muitas coisas boas dos brasileiros... do tal do povo. Mas a bandeira do Brasil não representa o país que eu quero construir para os meus filhos! Na bandeira do Brasil cabe todo tipo de povo, cabe o povo tipo Eike Batista, Abílio Diniz, Olavo Setubal, Jorge Gerdau, Antônio Erminio de Moraes, Marcos Feliciano, José Sarney, Renan Calheiros; cabe o Mensalão do PT e do PSDB, cabe a privatização dos transportes, portos, aeroportos; cabe os crimes da copa, cabe a ocupação militar do Brasil no Haiti, cabe a ditadura e cabe, e muito bem, toda a burguesia brasileira que impõe essa democracia dos ricos. Cabe até as empresas, fazendo propaganda dizendo que "A rua é a maior arquibancada do Brasil". A final, tudo em nome da nação, do povo.

A bandeira que me representa é aquela em que SÓ CABEM os brasileiros que ralam, a juventude trabalhadora, os operários, o povo que VERDADEIRAMENTE constrói a riqueza desse país e que depois é apropriada por um outro povinho. É a bandeira que defende uma política econômica em defesa dos serviços públicos, contra a carestia de vida, contra qualquer forma de exploração, contra o capitalismo e em defesa do socialismo no mundo. A bandeira que eu carrego é daqueles que querem construir um Brasil e um mundo para seus filhos, onde sendo eles gays, heteros, brancos, negros, mulheres ou homens, serão respeitados e poderão andar livremente sem serem violentados por aí afora. 

E saiba que levantar essa bandeira limpa de manchas é, de fato, mais pesada, e mais difícil que levantar uma do Brasil. Sempre foi e sempre será assim. Sabe por quê? Porque nela está a história, prática e teórica, de mais de 30 anos de homens e mulheres que dedicaram sua vida por esse projeto. E é por isso, e em nome da história que é coletiva, que me organizo em torno a esse projeto, que tomo partido e que levanto esta bandeira.

"Os nomes, siglas, legendas e símbolos dos partidos extintos não poderão ser usados para designação das organizações de que trata êste Ato, nem utilizados para fins de propaganda escrita ou falada". Presidente Castelo Branco, 1965, AI-4, Ditadura militar, Brasil.'' 

Meu partido é o PSTU e continuarei erguendo nossas bandeiras em qualquer lugar onde haja uma luta dos oprimidos e explorados, como fazemos há anos. Como sempre estivemos PRESENTES, em todas as lutas.

Na ditadura, quando fomos perseguidos, torturados e mortos: PRESENTE!
No Fora Collor, quando fomos expulsos do PT por chamar o Impeachment: PRESENTE!
Na luta contra a "ALCA": PRESENTE!
No "fora Obama", onde foram presos 10 camaradas: PRESENTE!
Na "defesa da revolução no Egito": PRESENTE!
Na "Marcha das Vadias": PRESENTE!
Nas "Marchas pela Descriminalização das Drogas": PRESENTE!
No "Pinheirinhos: PRESENTE!
Na "luta contra as remoções da Copa do Mundo": PRESENTE!
No "8 de março": PRESENTE!
No "20 de novembro e na luta cotidiana contra o racismo": PRESENTE!
No "Fora as Tropas Brasileiras do Haiti": PRESENTE!
Na luta em "defesa dos povos quilombolas": PRESENTE!
Na maior "greve da educação" dos últimos 10 anos: PRESENTE!
Em "defesa dos Guaranis Kaiowá e todos os povos originários": PRESENTE!
Na luta "contra o genocídio da juventude negra": PRESENTE!
"Pare Belo Monte": PRESENTE!
Na luta do "10% do PIB para a Educação"
Nas "lutas dos professores": PRESENTE!
"Greves da Construção Civil": PRESENTE!
"Greves de metalúrgicos, bancários, ferroviários, petroleiros, metroviários...": PRESENTE!
No "Fora Feliciano" e todas as lutas "contra a homofobia": PRESENTE!
Marchas "Contra Corrupção": PRESENTE!

LUTA "CONTRA O AUMENTO DAS TARIFAS" POR TODO PAÍS: PRESENTE!

Nossa bandeira vermelha esteve e estará PRESENTE, tremulando em todas as lutas. E onde houver opressão, exploração e gente querendo mudar o mundo, lá estaremos nós. O PSTU estará PRESENTE. Nosso sonho não cabe dentro de urnas, só a luta muda a vida. ATÉ O SOCIALISMO!!!!!!!!!

Protesto em Cubatão contra reajuste das tarifas bloqueia duas pistas da Via Anchieta

Mais de mil manifestantes bloquearam as duas pistas da Via Anchieta, em Cubatão, durante protesto contra o reajuste da passagem de ônibus, nesta terça-feira. 

Os atos começam a ganhar corpo na Baixada Santista, que também sofre com aumento das passagens e o sucateamento generalizado do transporte público.

A concentração aconteceu na Praça Paço Municipal, em frente à sede do Prefeitura, mas espontaneamente o protesto, previsto para acabar no Parque Anilinas, foi desviado em direção à Dômênico Rangoni.

Na última segunda-feira (14/06), mais de duas mil pessoas protestaram em Santos e centenas de estudantes protestaram em Guarujá. Ao final, os dois atos se unificaram próximos à balsa, cuja travessia entre os municípios foi bloqueada pelos manifestantes.

Mais de 2 mil pessoas invadem as ruas de Santos contra reajuste da tarifa

Os números "oficiais" apresentados pela imprensa apontam que mais de mil pessoas estiveram nas ruas de Santos na última segunda-feira (17/06). Entretanto, quem participou do ato sabe que esta estatística é modesta.

No mínimo, mais de 2 mil pessoas - entre estudantes e trabalhadores - ajudaram a construir, em Santos, a maior mobilização popular do Brasil desde os protestos pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

Em relação às manifestações anteriores em Santos, que giraram em torno de 400 e 600 pessoas na semana passada, o protesto de segunda-feira foi praticamente quatro vezes maior. Nacionalmente, também há controvérsias sobre o número de manifestantes que foram às ruas na última segunda-feira. A grande imprensa, que no início tentou carimbar as mobilizações como atos de vandalismo, tem afirmado que cerca de 225 mil pessoas estiveram nos protestos.

Já o Brasil de Fato, jornal do campo de esquerda, aponta que apenas em São Paulo foram mais de 250 mil, chegando a quase 1 milhão em todo o Brasil. Pelo histórico de manipulações da grande imprensa e pelo o que milhares de pessoas viram com os próprios olhos, não temos razão para acreditar na estimativa oficial. De fato, a mobilização foi gigantesca.

O protesto
Os manifestantes santistas ocuparam a avenida da praia nos dois sentidos e bloquearam o acesso de carros à balsa que liga Santos a Guarujá, onde também foi realizado um protesto. Em Cubatão, foi realizada uma primeira manifestação e outras cidades, como Praia Grande e São Vicente, também começam a se articular para integrar a onda de protestos. O clima de indignação é fruto do aumento das tarifas que aconteceu recentemente na maioria das cidades da Baixada Santista.

Contra o aumento e a imposição do cartão
Em Santos, os protestos têm dois eixos: a exigência pelo fim do uso obrigatório do cartão de transporte nos ônibus, medida implantada recentemente, e a luta contra o iminente aumento das tarifas. O prefeito tucano Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) já adiantou que o pedido de aumento pela viação Piracicabana, responsável pelo transporte municipal, está em sua mesa desde o início do ano. Ele não se furtará de, mais uma vez, beneficiar os empresários.

Afinal, a declaração é de um prefeito com relações mais do que cordiais com a empresa. A imposição do uso do cartão no lugar do dinheiro tem engordado os cofres já milionários da Piracicabana. Com a alteração, o adicional pago aos motoristas pela dupla função foi extinto e a necessidade de contratar cobradores, antiga reivindicação da população, foi completamente ignorada. O risco de furto ou assalto recaiu apenas sobre os passageiros, uma vez que o dinheiro da empresa agora está protegido, bem longe das ruas. 

Unidade pra vencer
Vivemos um momento histórico no país. Um momento que a juventude do país nunca havia presenciado antes. Para que o desfecho seja vitorioso, com a anulação da imposição do cartão e a garantia de que a passagem não aumentará, todos aqueles que constroem os atos em Santos devem lutar juntos contra os ataques do governo municipal tucano e contra os ataques, também, do Governo Federal, do PT. O PSTU, que está depositando todas as suas forças nos atos desde o seu início, em todos os cantos do país, não apenas apoia a luta em curso em Santos, como está ajudando a construí-la. O momento é de unidade para conquistar a redução das tarifas nacionalmente com a aliança da juventude e dos trabalhadores.

17 de junho de 2013

Mobilizações em Santos crescem contra aumento das passagens!

A onda de protestos que invade as ruas de São Paulo desceu a serra e atinge em cheio a principal cidade da Baixada Santista. Desde a semana passada, estudantes e trabalhadores de Santos têm realizado seguidos protestos contra as condições precárias do transporte público municipal. Em pauta, a luta contra o uso obrigatório do cartão e o iminente aumento da tarifa.

Nesta segunda-feira, paralelamente ao ato histórico marcado na capital paulista para daqui a pouco, mais uma vez a população sai às ruas para mostrar o seu descontentamento não apenas com a política de mobilidade da prefeitura, mas também com o descaso generalizado em setores públicos como a Educação e Saúde.

Em todo o país, o PSTU tem participado das manifestações e atos contra o aumento das passagens. Foi assim em Porto Alegre (RS), foi assim em Teresina (PI), foi assim em Florianópolis (SC) e está sendo cidade, hoje, nas principais cidades do país como São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Santos, mesmo com "poucas pernas" e muito disposição, o PSTU também se faz presente na luta do povo santista contra os ataques do prefeito tucano Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Não poderia ser diferente. Onde existe uma luta da juventude da classe trabalhadora, lá estará o PSTU. Estivemos presentes na campanha reivindicatória dos servidores municipais de Santos, estivemos presentes na luta dos trabalhadores da construção civil de Cubatão.

Por isso, o PSTU presta total apoio e solidariedade à luta em curso e joga todas as suas forças para que essas manifestações ganhem ainda mais força, ganhem a adesão de mais trabalhadores, mais estudantes, mais organizações. Neste sentido, fazemos um chamado a todas as entidades sindicais e movimentos sociais da região para que se incorporem nos atos realizados na cidade.

Vamos barrar o aumento!
O prefeito de Santos, Paulo Barbosa (PSDB), mais conhecido como Paulinho “Paulada”, além de ter presenteado a Piracicabana com um sistema de cartão excludente que impede o pagamento com dinheiro nos ônibus, já anunciou que está em “preparação” o novo aumento da passagem de ônibus, que deve ser anunciado nos próximos dias.

Isto é, os trabalhadores e a juventude de Santos, que já sofrem com a passagem de ônibus de R$ 2,90, - a mais cara do Brasil por quilômetro rodado, em breve, segundo as intenções do tucano, vão ter que tirar ainda mais dinheiro do bolso para andar alguns poucos quilômetros. Um absurdo!

Vale lembrar, que em muitas cidades da Baixada Santista, como Praia Grande e Guarujá, as passagens já foram reajustas! E quem vem sofrendo é o povo pobre que precisa de transporte público.

Por tudo isso, hoje, dia 17, vamos novamente dizer não ao aumento das passagens! Passe-Livre Já! Em Santos, vamos exigir que Paulo Barbosa (PSDB) não aumente a passagem, acabe com a obrigatoriedade dos cartões no pagamento das passagens e que determine a volta imediata dos cobradores de ônibus.

14 de junho de 2013

Mais de 400 pessoas tomam as ruas de Santos contra o aumento da passagem e o uso obrigatório do cartão

Na última quinta-feira (13), mais de 400 jovens e trabalhadores tomaram as ruas de Santos contra o aumento da tarifa de ônibus e a obrigatoriedade do uso do cartão. A mobilização saiu da Praça Mauá, passou pela rodoviária, Câmara Municipal e terminou no Terminal de Passageiros do Valongo.

O ato foi uma demonstração clara da insatisfação da população da Baixada Santista que sofre com uma das tarifas mais caras do país. A mobilização também foi expressão do movimento nacional contra o aumento das passagens e pelo Passe Livre Já!

Hoje, sexta-feira, novo Ato!
Hoje, sexta-feira, 14, um novo ato acontece a partir das 17h, com concentração na Praça da Independência, na Praça Mauá. A juventude brasileira está parando o país nas últimas semanas. Ontem, dia 13, mobilizações ocorrem em várias partes do país, com destaque a luta heroica do povo paulistano.  O PSTU, ANEL, CSP-Conlutas e muitas outras entidades estão ao lado de todas dessas mobilizações e impulsionam com força total o a mobilização nacional!

Paulo Barbosa (PSDB) quer aumentar preço da passagem! Vamos barrar o aumento! 
O prefeito de Santos, Paulo Barbosa (PSDB), mais conhecido como Paulinho “Paulada”, além de ter presenteado a Piracicabana com um sistema de cartão excludente que impende o pagamento com dinheiro nos ônibus, já anunciou que está em “preparação” o novo aumento da passagem de ônibus, que deve ser anunciado nos próximos dias. Isto é, os trabalhadores e a juventude de Santos, que já sofrem com a passagem de ônibus de R$ 2,90, mais cara do Brasil por quilômetro rodado, em breve, segundo as intenções do tucano, vão ter que tirar ainda mais dinheiro do bolso para andar alguns poucos quilômetros. Um absurdo!

Vale lembrar, que em muitas cidades da Baixada Santista, como Praia Grande e Guarujá, as passagens já foram reajustas! E que vem sofrendo é povo pobre que precisa de transporte público! Por tudo isso, hoje, dia 14, vamos novamente dizer não ao aumento das passagens! Passe-Livre Já!

Em Santos, vamos exigir que Paulo Barbosa (PSDB) não aumente a passagem, acabe com a obrigatoriedade dos cartões no pagamento das passagens e que determine a volta imediata dos cobradores de ônibus!  

E veeemm! Vem pra rua, vem! Contra o aumento, você também!

Em SP, vergonha do PSDB e do PT!
A repressão covarde de Alckmin, na manifestação de ontem em São Paulo, não é algo que surpreende. Afinal, o tucano foi o responsável pelo massacre do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), jogando a mesma tropa de choque contra a população pobre para defender o mega especulador Naji Nahas.

O que realmente surpreende é a postura do governo Dilma e da prefeitura de Fernando Haddad (PT). O ministro da Justiça do governo Dilma, José Eduardo Cardoso, chegou a oferecer  “ajuda federal” ao governo do PSDB para reprimir manifestações. “O governo federal está à disposição para aquilo que for necessário”, disse.              

Já Haddad disse que não vai baixar a tarifa. Disse que São Paulo “não aceita é a violência. De qualquer parte". A declaração do petista é um verdadeiro absurdo diante da brutalidade da PM. Na prática, Haddad dá sinal verde para a repressão. Por isso, tem responsabilidade das dezenas de pessoas feridas e presas durante os protestos. 

A verdade é que PT e PSDB têm suas campanhas financiadas pela máfia das empresas privadas que controla o transporte coletivo. É a serviço dessa máfia que está todo o aparato de repressão tucano/petista.

O governador do PSDB e o prefeito do PT mantêm dezenas de presos políticos. Alguns deles estão encarcerados em vários presídios do estado. Eles irão responder por crimes como formação de quadrilha. 

Libertação dos presos políticos! Organizar uma plenária para dar continuidade à luta!
O PSTU exige o fim imediato de toda repressão contra as manifestações. Também exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos! É um absurdo que o PSDB/ PT criminalizem os manifestantes por exercerem o direito de lutar por um transporte público de boa qualidade, com preço socialmente justo. 

Apesar da dura repressão, o movimento vai seguir na luta.  Neste sentido, o PSTU também chama a realização de uma Plenária Sindical Popular Estudantil no próximo final de semana para organizar os próximos passos da luta contra o aumento da tarifa em São Paulo. Precisamos organizar todos os setores do movimento sindical, popular e estudantil para derrotar a intransigência do governo do PSDB e da prefeitura do PT. 

13 de junho de 2013

Na Região e em todo Brasil é dia de luta contra o aumento das passagens!

Na Baixada Santista e em todo Brasil, é dia de luta contra o aumento das passagens!
Paulo Barbosa (PSDB) quer aumentar a passagem! Vamos barrar o aumento!

Hoje, quinta-feira, 13, é dia de luta nacional contra o aumento da passagens! Em Santos, o ato acontece a partir das 17h, com concentração na Praça Mauá, no Centro da cidade. A juventude brasileira está parando o país nas últimas semanas.  O PSTU, ANEL, CSP-Conlutas e muitas outras entidades estão ao lado de todas dessas mobilizações e estamos impulsionando com força total o dia de luta nacional contra o aumento das passagens e o lançamento da campanha "Contra o aumento das passagens! Passe livre já, Brasil!” na quinta-feira dia 13/06!

Paulo Barbosa (PSDB) quer aumentar preço da passagem! Vamos barrar o aumento!
O prefeito de Santos, Paulo Barbosa (PSDB), mais conhecido como Paulinho “Paulada”, além de ter presenteado a Piracicabana  com um sistema de cartão excludente que impende o pagamento com dinheiro nos ônibus, já anunciou que está em “estudo” o novo aumento da passagem de ônibus. Isto é, os trabalhadores e a juventude de Santos, que já sofrem com  a passagem de ônibus de R$ 2,90, mais cara do Brasil por quilômetro rodado, em breve, segundo as intenções do tucano, vão ter que tirar ainda mais dinheiro do bolso para andar alguns poucos quilômetros. Um absurdo!

Vale lembrar, que em muitas cidades da Baixada Santista, como Praia Grande e Guarujá, as passagens já foram reajustas! E que vem sofrendo é povo pobre que precisa de transporte público! Por tudo isso, hoje, dia 13, vamos com a juventude de todo Brasil dizer não ao aumento das passagens! Passe-Livre Já!

Em Santos, vamos exigir que Paulo Barbosa (PSDB) não aumente a passagem, acabe com a obrigatoriedade dos cartões no pagamento das passagens e que determine a volta imediata dos cobradores de ônibus!  

E veeemm! Vem pra rua, vem! Contra o aumento, você também!

Solidariedade à luta em SP! Não à repressão!
A juventude da cidade de São Paulo está protagonizando uma grande luta contra o abusivo aumento do metrô, ônibus e dos trens da CPTM, imposto há 1 semana pelo governo do Estado (PSDB) e pela prefeitura da cidade (PT). Soma-se ao abusivo aumento a péssima qualidade no transporte da cidade, cujo principal problema é a superlotação.

Nesse dia 11, tivemos mais uma demonstração de força com um ato que fez um trajeto por vias importantíssimas do centro da cidade, contando com a participação de mais de 12 mil pessoas.

Infelizmente, quando o movimento se aproximou do terminal de Ônibus Parque Dom Pedro, a polícia começou a reprimir violentamente a manifestação até então pacífica, tentando dividir o ato. Reafirmando a força de nossa manifestação, o ato se manteve forte e unificado até que a Tropa de Choque foi acionada e todo o ato foi disperso de forma extremamente violenta na Praça da Sé.

Posteriormente, uma parte bem menor do ato se dirigiu até a Av. Paulista, uma das avenidas mais importantes da cidade e, quando a manifestação já se preparava para acabar, mais uma violenta repressão da polícia atingiu os jovens presentes. Cerca de 20 estudantes foram levados presos e a polícia pede agora 20 mil reais de fiança para cada um deles.

O PSTU repudia toda e qualquer forma de agressão ao movimento e exigimos a libertação de todos os ativistas detidos! Repudiamos também a postura truculenta de Alckmin e a postura conivente da prefeita atual, Nádia Campeão, do PCdoB.

O prefeito Fernando Haddad do PT está viajando durante essa semana, defendendo a candidatura do Brasil para sediar um evento internacional de grande porte, aproveitando a visibilidade que o país está conseguindo com a Copa do Mundo da Fifa.

Apesar do número expressivo de participantes, representando o descontentamento e a indignação da maioria da população, a prefeita atual autorizou toda a repressão contra todos os manifestantes e não tomou nenhuma medida para revogar esse aumento.

10 de junho de 2013

O futebol ainda é esporte popular?

Rodrigo Noel, do PSTU Rio de Janeiro

Há alguns dias tenho escutado a música "Vem pra rua" em algumas rádios aqui do Rio. A música, cantada por Falcão, é tema de uma ação de marketing de uma montadora de automóveis. Essa música me fez pensar sobre um assunto  que vem martelando e muito minha mente: a elitização do futebol.

Não sou um especialista nesse esporte, mas acompanho com entusiasmo as notícias do meu time do coração. Desde o início do Campeonato Carioca eu acompanhava o preço dos ingressos, seja em clássicos ou em partidas do meu time contra os chamados "times pequenos" (ou "de menor expressão"). Os preços são um fator fundamental para uma maior presença do público ou não, sem excluir outros fatores como transporte, horário de realização da partida e localização do estádio. Mas, o que mais me chamou atenção foi a notícia relacionada ao jogo entre Flamengo e Santos (realizada no último final de semana, em Brasília, como evento-teste do estádio Mané Garrincha): os ingressos mais baratos custaram R$160!

No vizinho Uruguai, uma partida realizada no mesmo final de semana do Torneio Clausura, no histórico Estádio Centenário, me chamou atenção. Foi entre o Progreso e Nacional. O Progreso lutava contra o rebaixamento, e o Nacional seguia com chance (ainda que remota) de conquistar uma vaga para a Copa Libertadores da América. O público presente não foi dos maiores, afinal a situação dos dois times não animava muito, mas o preço do ingresso era positivamente espantoso: 100 pesos (algo equivalente a R$10). Isso em uma partida da principal liga do país e em um estádio importante como o Centenário. Crianças, adultos, senhoras e senhores... pessoas de toda idade ocupavam as arquibancadas.

Ora, se o ingresso aqui no Brasil custa o equivalente a 23,5% do salário mínimo, não precisa ser um gênio da pelota pra constatar que os jogos de futebol não são mais feitos para a presença do povo. Para o esporte que virou negócio lucrativo, é mais importante as cotas de patrocínio das tv´s do que a presença do público, seja o fanático pelo seu time ou por quem gosta de ver a bola rolar.

Expressão disso é o caso do Maracanã...
Essa política de afastamento do povo dos estádios não vem de hoje. As seguidas reformas que ocorreram no Maracanã diminuíram o a capacidade de público do estádio e ainda acabaram com um setor popular, a geral. A geral era o local que contava com o ingresso mais barato de todo o estádio. Além do público que ia apenas torcer pelo seu time querido, tinham os personagens quase folclóricos, os chamados “geraldinos”.  Com a recente privatização do Maracanã, a tendência é essa situação de elitização dos jogos e encarecimento dos ingressos piorar.

No refrão da música que citei ali em cima, Falcão diz: "Vem pra rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil". Talvez Falcão esteja certo. O único local que ainda se pode torcer democraticamente é a rua. Se "a praça é do povo", como disse Castro Alves, é bom que a ocupemos antes que a privatizem também.

3 de junho de 2013

Entrevista: "A UNE foi de mala e cuia para o Governo"

Entrevista de Tamiris Rizzo ao jornal Tribuna de Minas, de Juiz de Fora, concedida durante o 2º Congresso da ANEL. Confira abaixo ou clique aqui para ler no site do veículo.

Cerca de 2 mil estudantes de várias partes do país e do mundo estiveram literalmente acampados na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para o 2º Congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel). Criada há quatro anos, a entidade foi idealizada por dissidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE). "Nossa proposta é construir uma alternativa de luta para o movimento estudantil brasileiro", define Tamiris Rizzo, estudante de pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro da executiva nacional da Anel. Para ela, a UNE se rendeu as benesses governistas desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula (2003-2006). "UNE foi de mala e cuia para o Governo. A entidade virou um ministério estudantil." 

Em entrevista à Tribuna, Tamiris - ex-candidata a vereadora em Santos pelo PSTU, sendo a mulher mais votada entre os partidos de esquerda - defendeu a destinação de 10% do PIB para educação, criticou a proposta de mudança da meia-entrada e falou do uso das redes sociais pelo movimento estudantil.

Tribuna - Qual a proposta da Anel?
Tamiris - Queremos construir uma alternativa de luta para o movimento estudantil brasileiro. Uma vez que a UNE não representa mais o que foi o movimento estudantil no passado, quando a UNE esteve na campanha pelas "Diretas já" e pelo "Petróleo é nosso". Era uma entidade em defesa da soberania nacional. Hoje, tudo isso se perdeu. Buscamos uma alternativa política de mobilização que articule o processo nacionalmente, e a educação é o nosso tema mais central.

- A luta é pela destinação de 10% do PIB na educação?
- Não apenas isso. Em 2012, teve a greve nacional nas universidades federais quando a Anel teve uma atuação muito grande em defesa da qualidade do ensino público. Hoje temos o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) em avançado estágio de implementação. Lá atrás, em 2007, quando começaram as discussões, deixamos claro que, com o tempo, isso levaria à precarização do ensino superior. O que vemos hoje é exatamente a concretização desse processo, com salas de aulas lotadas, dependências precárias, ausência de assistência estudantil na maioria das universidades. A proporção entre número de alunos por professor, que era de um para 15, chegou a um para 18. Ou seja, faltam professores para o ensino e a pesquisa, o que compromete a qualidade da educação.

- O Governo tem o Reuni como programa de expansão das universidades. Isso não é uma demanda da entidade?
- Não somos contra nenhuma forma de expansão. Hoje temos menos de 21% da juventude no ensino superior. Somos a favor da expansão, mas com recursos, e não enxugando as estruturas, principalmente, de material humano. A lógica é cada vez mais docentes de 20 horas e menos de dedicação exclusiva. Hoje, a prioridade de investimento do Governo é no ensino privado. Os grandes grupos de educação, que encaram educação como um negócio lucrativo, não podem somar mais investimentos públicos do que as próprias universidades públicas. Por isso que queremos a destinação de 10% do PIB na educação para agora e não para 2020. Esse dinheiro deve ser investido na expansão do ensino público. Nada mais justo do que dinheiro público para o ensino público.

- O Plano Nacional de Educação projeta investimento de 10% para 2020. Já não é um avanço?
- O Plano Nacional de Educação prevê aumentar os investimentos para que até 2020 tenhamos 7% do PIB investidos em educação podendo chegar a 10%. O último plano, que venceu em 2011, tinha previsão de chegarmos a 7%, mas não alcançou 5%.

- É um avanço o fato de o Governo querer destinar todos recursos dos royalties do pré-sal para a educação?
- Se continuarmos da forma como é hoje, levaremos 59 anos para termos 30% dos estudantes nas universidades. Não se pode esperar tanto tempo mais. Essa bandeira dos 100% dos royalties para educação equivale a 2% do PIB e, assim mesmo, para daqui a 10 anos. Então, como se vê, a coisa não é bem assim. O pior é que, com esse discurso, justifica-se até a privatização do petróleo.

- A Anel nasce da incapacidade da UNE de representar os estudantes. O que mudou na UNE?
- Desde o início do Governo Lula (2003-2006), a UNE passou para o lado de lá. A luta na rua, a ação direta, o autofinanciamento, enfim, todas as bandeiras da UNE foram deixadas de lado. A UNE foi de mala e cuia para o Governo. A entidade virou um ministério estudantil. É muito triste ver uma entidade como a UNE, com a história que tem, aceitar financiamento público para financiar seus congressos. Hoje, a UNE recebe mesada do Governo e em troca sai na foto ao lado do (senador) José Sarney (PMDB) e do (presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB). Não é essa entidade que vai representar os estudantes.

- O que difere a Anel da UNE?
- Temos um programa alternativo, independente, autônomo e que possa fazer frente às políticas das reitorias, dos governos municipais, estaduais e federal. A Anel tem política de auto-financiamento. Para fazer esse congresso aqui, por exemplo, vendemos rifas, muitas rifas, fizemos pedágios nos estados. Teve livro-ouro e festas para arrecadarmos recursos. A UNE nos ensinou o caminho da ação direta, da parceria com os trabalhadores e do auto-financimaneto, mesmo tendo se afastado dessas bandeiras. Fazemos isso porque aqui, queremos ter liberdade para tocar a nossa música, que é a música dos estudantes.

- Qual a estrutura organizacional da Anel?
- Adotamos a organização por meio de assembleia por ser mais democrática. A entidade chama-se Assembleia Nacional dos Estudantes Livres. Cada um pode levantar a mão e se pronunciar. Nos estados, temos executivas para implementar deliberações das assembleias.

- Por que o movimento estudantil deixou as ruas depois dos "caras-pintadas"?
- O movimento estudantil não acabou com os "caras-pintadas". Ele está aí de volta. Se tiver estudantes nas ruas protestando, a Anel está lá. Tenho certeza. No mundo todo, os processos de mobilização social envolvem a mobilização da juventude.

- O Congresso prepara mudanças no benefício da meia-entrada. Qual a posição da Anel?
- O direito a meia-entrada não pode ser submetido à apresentação de uma carteirinha. Se isso passa, teremos de novo o monopólio de uma entidade que emite carteirinhas. Na prática, é como se para exercer o seu direito, você precisasse de comprá-lo por meio de uma carteirinha. Antes de mais nada, é um absurdo comercializar um direito seja ela qual for.

- Como o movimento estudantil usa as redes sociais?
- A Anel tem página na internet, no Facebook, no Twitter. Usamos todos os canais de comunicação para informar os estudantes. Agora, são ferramentas para levar à ação direta. É preciso que as coisas do mundo virtual reflitam no mundo real. Não adianta ficar apenas na frente do computador, é preciso ir para as ruas.