22 de junho de 2015

Crise dispara desemprego na Baixada Santista

Centenas de pessoas enfrentam fila por emprego em São Vicente, na Baixada Santista


Luiz Xavier, ex-candidato à prefeitura de Santos pelo PSTU

A crise econômica que atinge o país pegou em cheio a Baixada Santista. Apenas em maio, as cidades de região fecharam 2.154 postos de trabalho, segundo os dados fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que consideram a diferença entre admissões e demissões.

Os resultados de maio agravaram um quadro que já não era nada positivo. Em abril, a Baixada já tinha perdido 1.786 vagas de emprego formal. Os péssimos resultados de 2015 somam-se, por sua vez, aos números negativos do ano passado, no qual houve um saldo negativo de 4.548 vagas, de acordo com o Caged.

Indústria, Porto e Serviços lideram onda de demissões
Santos e Cubatão são as cidades da região que estão sofrendo mais com o rápido crescimento do desemprego. Isso se explica pela queda nas atividades industriais, no movimento portuário e, por consequência, nas vendas do comércio.

Em 2014, Santos amargou um saldo negativo de 2.419 vagas, já Cubatão perdeu 1.927 empregos. Somente em maio desse ano, Santos bateu a marca de 1.114 desligamentos, sendo 837 no setor de Serviços. Cubatão, por seu turno, sofreu a retração de 630 vagas, expressando o mergulho recessivo do setor industrial e da construção civil.

A crise que se abate sobre o Brasil está retratada em nossa região pelo desligamento do alto-forno da Usiminas, em Cubatão, pela demissão de portuários do Ecoporto, bem como pelos milhares de trabalhadores demitidos na construção civil e no comércio.

Os trabalhadores não podem pagar pela crise!
Quando a economia está bem os grandes empresários acumulam lucros gigantescos em cima da riqueza produzida pelos trabalhadores. Em tempos de bonança deles, os trabalhadores ficam uma fatia muito pequena do bolo. Mas a situação piora quando muda a maré: aí os patrões buscam jogar a crise nas costas de quem trabalha.

Os empresários não querem diminuir seus lucros para preservar os empregos. Ao contrário, demitem em massa pra continuar embolsando fortunas. Os pais e mães de família, que com muito suor garantem o sustento de casa, são as vítimas desse sistema capitalista cruel.

É possível garantir o emprego de todos e todas. Para isso, basta reduzir a jornada de trabalho sem redução salarial. Assim, vai haver trabalho para todo mundo sem perdas do poder aquisitivo do trabalhador. Trabalhar menos, para todo mundo trabalhar! Redução da jornada de trabalho sem redução salarial já!

Os governos estão do lado dos empresários contra os trabalhadores
Dilma que na campanha eleitoral falou que não ia mexer nos direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa” e que “arrocho era coisa de tucano (PSDB)”, agora ataca duramente a classe trabalhadora e os mais pobres com o “Ajuste Fiscal”. No Estado de SP, Alckmin protege os patrões e retira recursos das áreas sociais. A crise hídrica e caos na educação pública são marcas dos governos do PSDB.

Os prefeitos da região também não estão fazendo nada para preservar os empregos em nossas cidades. Paulo Barbosa (PSDB), prefeito de Santos, até agora nem mesmo se pronunciou sobre os milhares de emprego que a cidade vem perdendo no último período. Uma vergonha! Já Márcia Rosa (PT), prefeita de Cubatão, assiste de camarote as demissões na indústria.

O caminho é a luta!
Os empresários são gananciosos, não querem diminuir seus lucros gordos para manter empregos. Já os governantes são financiados por essas mesmas empresas na campanha eleitoral, por isso não fazem nada pelo trabalhador. Só há um caminho: a união e a luta dos trabalhadores! Em cada fábrica, em cada local de trabalho é necessário unir os trabalhadores para defender os empregos e os salários.

A união e mobilização da classe trabalhadora são a única forma de resistir e vencer. É necessário construir uma greve geral no país para barrar os ataques do Governo Dilma, preservar os empregos e defender nossos direitos!

Vamos à luta!

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