26 de março de 2013

PM desocupa Pinheirinho 2 em SP com balas de borracha

Reforçando a política de higienização social e criminalização da pobreza que se espalha pelo Estado de São Paulo, soldados da Polícia Militar realizaram mais uma ação violenta contra o povo pobre em uma ação para reintegração de posse de um terreno no bairro do Iguatemi, zona leste de São Paulo, nesta terça-feira. 

O local, chamado de Pinheirinho 2 pelos moradores em homenagem ao Pinheirinho, em São José dos Campos, era ocupado desde maio do ano passado por 700 famílias, em um total de 2.100 pessoas, dentre elas 600 crianças. Segundo informações da imprensa, cerca de 30 homens da Tropa de Choque da PM dispararam balas de borracha e bombas de efeito moral e avançaram em direção aos moradores. Os tiros foram efetuados contra moradores que faziam um cordão de isolamento. 

Muitos moradores eram vistos transportando pertences, como televisão e outros eletro-domésticos. Bombas de efeito moral lançadas pela polícia chegaram a cair próximo a carros e ônibus que passavam pelo local. A ação contou com um aparato repressivo de peso: Tropa de Choque, Força Tática, policiamento aéreo, policiamento de trânsito, bombeiros e GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Os moradores começaram a retirar seus pertences sem nem mesmo ter pra onde ir, pois a prefeitura não garantiu nenhum abrigo e até esta manhã não havia nenhum agente social no local. Além disso, garantias mínimas acordadas durante a negociação como banheiro quínimo, caminhões para o transporte de móveis e alojamentos não foram cumpridas.

Policiais militares do Batalhão de Choque e moradores de uma área ocupada na região do Iguatemi, na zona leste de São Paulo, entraram em confronto na manhã desta terça-feira (26). A PM realiza, desde as 6h, reintegração de posse do terreno.    

De acordo com a imprensa, o terreno é de uma família de advogados. O papel nefasto da especulação imobiliária também se fez presente neste caso. Isso porque os representantes do terreno chegaram até a fazer uma negociação com as famílias, pedindo um valor de R$ 5.000 por barraco montado no local mas, quando perceberam que havia mais de mil pessoas interessadas, aumentaram o valor para R$ 15 mil.

A velha política de ódio aos pobres é colocada em prática pela PM do governo do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) com a conivência e omissão do prefeito de São Paulo, o petista Haddad (PT), que se recusou a prestar solidariedade às famílias.

Com informações de UOL e R7

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