22 de julho de 2014

Luiz Xavier e Samuel Lopes são os candidatos do PSTU na Baixada Santista

Candidatos a prefeito e vice-prefeito de Santos na eleição de 2012, Luiz Xavier e Samuel Lopes farão nova dobradinha neste ano, mas desta vez para o mesmo cargo: deputado estadual. Eles foram os nomes escolhidos pelo diretório regional do PSTU para a disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

Para deputado federal é apresentado como candidato prioritário para o estado de São Paulo o nome de Toninho Ferreira, advogado das famílias do Pinheirinho - antiga ocupação em São José dos Campos que foi desapropriada pela Polícia Militar - numa ação do Governo Alckmin (PSDB) até hoje considerada um crime contra a humanidade por diversas organizações internacionais em virtude da violência praticada.

A participação do PSTU nas eleições tem o papel de divulgar para os trabalhadores e a população as propostas do partido. “Queremos mostrar nossas ideias, aquilo que julgamos necessário para transformar o país e defender os interesses dos trabalhadores da Baixada Santista”, assegura Xavier, funcionário público aposentado que também teve longa trajetória no movimento operário de Cubatão.

Para Samuel, servidor de Santos na área de assistência social, as candidaturas têm o mesmo programa, mas serão destinadas a segmentos distintos. “Apesar de tocar em todos os temas fundamentais para a região, já iniciei minha campanha com uma marca que pretendo levar até o dia da votação: a luta contra o racismo e a violência policial, somada à defesa da gratuidade e qualidade dos serviços públicos da região. Vou combater a privatização na saúde e na educação, que afeta principalmente o povo pobre e negro da Baixada Santista˜, explica.   

Um dos desafios das candidaturas do PSTU será se diferenciar dos outros 31 candidatos a deputado estadual que se apresentam como opção ao eleitor da Baixada Santista - espalhados nas nove cidades da região. Na opinião de Xavier, o principal obstáculo será levar ao maior número possível de pessoas as suas ideias.

“Muitos dos candidatos que se apresentam como os salvadores da pátria para os os problemas da região são velhos conhecidos da população. Muitos deles foram responsáveis diretos pelo atual estado de coisas, pois já atuaram como vereadores e, em alguns casos, temos até ex-prefeitos em disputa. Tiveram sua chance e desperdiçaram governando para os poderosos”, afirma Xavier. Opinião semelhante é compartilhada por Samuel. "Nunca governaram para quem de fato faz a região funcionar e gerar tanta riqueza para o país: os trabalhadores".  

Neste sentido, Xavier levanta como uma das principais tarefas do PSTU nessas eleições explorar todos os espaços possíveis para divulgar as propostas do partido para a região. Em outras palavras, o desafio que se coloca é furar o bloqueio que existe sobre suas candidaturas. 

"É evidente que os candidatos das legendas maiores têm mais espaço na imprensa e na propaganda eleitoral na tevê. Além disso, como governam para os empresários, recebem em troca muitas “doações" para colocar na rua campanhas milionárias e, por conseqüência, com mais visibilidade. Depois, quem paga a conta dessa relação perniciosa é a população. Não temos nada disso. Nossa campanha é e será feita com poucos recursos, sem cabo eleitoral, com a ajuda da militância e dos simpatizantes. Não aceitamos dinheiro de empresários, porque para nós independência financeira é um princípio. Por isso, vamos batalhar com nossas modestas forças para que os trabalhadores e o povo pobre saibam que têm alternativa, saibam que existem candidaturas a serviço das lutas e das greves que acontecem desde junho do ano passado”.

Nas candidaturas majoritárias do Estado, o PSTU formou uma Frente de Esquerda com o PSOL. Para governador, o candidato será Gilberto Maringoni (PSOL), professor universitário e jornalista; para o Senado, Ana Luiza (PSTU), trabalhadora do Judiciário Federal de São Paulo. Para a presidência, o PSTU apresenta novamente o nome de Zé Maria, metalúrgico e presidente nacional do partido, com Cláudia Durans como vice.

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