9 de julho de 2013

Greve Geral! A Baixada Santista vai parar dia 11!

O Brasil vive um momento histórico. Em junho, milhões de jovens e trabalhadores foram às ruas contra as injustiças sociais. Derrubamos as tarifas do transporte, a PEC 37 e o projeto de “Cura Gay”. Até um deputado chegou a ser preso. Demonstramos a força da mobilização social. Os governos de plantão estão acuados, com medo. É hora de continuar nas ruas e avançar em nossas conquistas.

Nesse sentido, o dia 11 de julho vai marcar a entrada em cena da classe trabalhadora organizada. Essa é a força social mais poderosa que existe, pois se trata dos homens e mulheres que produzem toda a riqueza do país.

As centrais sindicais estão convocando o dia 11 com uma pauta unificada, que entre vários pontos defende: fim dos leilões do petróleo; redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; mais recursos para saúde e educação; transporte público de qualidade; fim do fator previdenciário e defesa da aposentadoria digna; contra a terceirização dos postos de trabalho; etc.

Em todo país, os trabalhadores estão decidindo cruzar os braços. As grandes cidades e fábricas ficarão paralisadas. Uma greve geral com metalúrgicos, petroleiros, metroviários, portuários, operários da construção civil, professores, funcionários públicos, etc., tomará conta do Brasil. Será um verdadeiro tsunami de peão!

A Baixada Santista vai parar!
Em nossa região, o cenário não será diferente. No dia 11, a Baixada Santista vai sentir a força da classe trabalhadora em luta.

Os portuários vão parar. Os petroleiros e os operários da construção civil vão fechar a refinaria. Os bancários não vão trabalhar. Os metalúrgicos e químicos já decidiram aderir à greve. Os estudantes, funcionários públicos e professores também farão parte da mobilização do dia 11.

Enfim, a classe trabalhadora vai demonstrar quem deve mandar na Baixada e em todo país.  A região de Santos voltará a ser vermelha!

No dia 11, ato conjunto, 12h, na Praça Mauá!Em Cubatão, os operários e estudantes farão uma grande marcha pela manhã no dia 11. Uma passeata histórica ocupará as ruas da cidade. Em Santos, às 12 h, na Praça Mauá, ocorrerá o ato unificado. Todos trabalhadores e estudantes estão convocados a levarem suas bandeiras e reivindicações para tomarmos as ruas da cidade!

O caráter da greve nacional de 11 de julho
Está aberta a disputa política em torno ao caráter que vai ter este protesto nacional - que aponta no sentido de ser um dos maiores da história recente do país.

O protesto foi convocado pelas centrais sindicais para fortalecer as manifestações que estão acontecendo no país e cobrar dos governos, do governo Dilma em particular, o atendimento das demandas das ruas e das reivindicações dos trabalhadores.

São reivindicações que, obviamente, colocam em xeque as políticas econômicas do governo do PT, pois estas políticas apontam em sentido oposto, só tem beneficiado bancos, grandes empresas e o agronegócio.
O PT, a direção da CUT e a UNE, na medida em que não conseguiram evitar o protesto, agora querem desviá-lo de seus fins, para que não se choque contra o governo. Querem que o protesto seja em favor das propostas do governo, de reforma política e plebiscito. Em alguns lugares a direção do MST tem agido da mesma forma.

Lamentável, vermos organizações desta importância se dispondo a este triste papel. Mas é o preço que se paga por perder a independência econômica e política frente ao governo.

Estas organizações vão se chocar cada vez mais com suas próprias bases, pois os trabalhadores já estão descobrindo que é preciso lutar, e que se pode vencer, conquistar mudanças. E que esta luta precisa se enfrentar com os patrões - os grandes privilegiados pelo modelo econômico atual - mas precisa ser uma luta também contra o governo, responsável pela aplicação desta política em nosso país.

Vai se acirrar nos próximos dias, esta disputa. Nós vamos defender a continuidade da luta, questionando o modelo econômico atual, pois sem isso não haverá solução para nenhuma das mazelas que afligem a vida do trabalhador. E vamos levantar a necessidade de uma greve geral para cobrar esta mudança.

Aquelas organizações que não se alinharem com a luta em defesa dos interesses dos trabalhadores neste momento, estarão cada vez mais afundadas na trincheira do governo. E cada vez mais longe de suas bases.

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