3 de outubro de 2014

Não basta ser da região. Tem que ser de luta e sem rabo preso com empresários e corruptos. Vote nos candidatos do PSTU

Faltam poucos dias para as eleições, que acontecem no próximo domingo - 5 de outubro. E se existe ainda muita dúvida sobre o voto para as candidaturas majoritárias - presidência, governos estaduais e senado -, a interrogação dos eleitores é ainda maior na hora de votar para deputado estadual e federal.  

Na Baixada Santista, segundo pesquisa do IPAT (Instituto de Pesquisas A Tribuna), mais de 57% dos eleitores entrevistados não sabem ainda em quem votar para federal. Para estadual, o número é maior: 61,11% ainda não definiram seu voto.

Diante disso, mais uma vez o que se espera é a influência de dois fatores para a escolha na última hora: por um lado, o peso econômico, e por outro o fator regional. As candidaturas milionárias, financiadas pelos empresários, são via de regra as mais lembradas na hora do voto. Isso tem uma explicação simples.

Com os milhares de materiais espalhados nas ruas (santinhos, informativos, adesivos), carros de som, cavaletes, banners, anúncios em jornais e propaganda na tevê, os candidatos com campanhas milionárias praticamente sufocam as demais candidaturas, que sequer têm condição de apresentar suas propostas diante da desigualdade econômica que a eleição com financiamento privado de campanha perpetua.

A Baixada Santista é um exemplo disso. Papa, do PSDB, e Beto Mansur, do PRB, ambos ex-prefeitos de Santos, aparecem nas pesquisas nas primeiras posições da corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ao mesmo tempo, não por acaso, quando o tema é doação de empresas são os campeões de arrecadação. Dos mais de R$ 680 mil já arrecadados por Papal, R$ 520 mil vieram de empresários. Já Beto, velho conhecido da população e da Justiça por exploração de trabalho escravo e infantil em sua fazenda, recebeu até agora mais de R$ 310 mil em doações - R$ 250 mil de empresas. 

Um dos maiores doadores, para as duas candidaturas, é o milionário Armênio Mendes - conhecido pelos santistas como “o dono da cidade” por ser o proprietário de inúmeros empreendimentos. Se é o dono da cidade não podemos afirmar, mas sem sombra de dúvidas Papa e Beto Mansur terão a quem servir caso sejam eleitos. 

Afinal, empresário não faz doação, faz investimento! Todos os candidatos financiados por empresários governam e legislam, quando eleitos, para quem bancou suas campanhas. Esse é um dos ciclos da corrupção e um dos exemplos práticos do por que esses políticos, que se revezam no poder há anos, governam para os ricos e poderosos, não para a maioria explorada do povo. 

Fica fácil "deduzir", com esses números, por que as obras do VLT tiveram o seu trajeto alterado justamente numa das áreas em que existe um empreendimento do empresário Mendes. Oficialmente nada se diz, é claro, mas sabe-se que o trajeto anterior não agradava em nada o empresário, que temia ter seu negócio desvalorizado. 

Voto regional não basta
Com uma campanha modesta, construída pela militância e por seus simpatizantes, o PSTU lançou dois nomes para deputado estadual na região. Luiz Xavier (16456), militante histórico da construção civil de Cubatão e servidor público de Santos aposentado, e Samuel Lopes (1600), servidor da Prefeitura na área de Assistência Social.

Samuel Lopes e Luiz Xavier, durante Campanha em Vicente de Carvalho

Na eleição de 2012 foram os candidatos do PSTU para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Santos, respectivamente. Para deputado federal, estamos fazendo uma forte campanha pela candidatura de Toninho Ferreira (1616), advogado das famílias do Pinheirinho, em São José dos Campos, que foi a maior ocupação urbana da América Latina e, lamentavelmente, desocupada de maneira violenta em 2012 pela PM de Alckmin. 

Em comum nesses três nomes, uma larga trajetória de luta ao lado do povo pobre e trabalhador. Em comum, três militantes de esquerda, socialistas, que nunca mudaram de lado. 

Para o senado apresentamos a candidatura de Ana Luiza (161) e para governador indicamos o voto em Gilberto Maringoni (50), ambos candidatos pela Frente de Esquerda (PSTU/PSOL). Para presidente, o candidato da legenda é Zé Maria (16), metalúrgico e dirigente histórico da classe trabalhadora que não mudou de lado.

A campanha do PSTU, assim como sua luta cotidiana, se dá com o povo pobre trabalhador

O PSTU é diferente. Não aceita nenhum centavo dos empresários, pois entende que não existe independência política sem independência financeira. Nossa campanha é bancada e realizada pela militância, que acredita em um ideal, e pelos simpatizantes, que confiam em nossas propostas e modo de fazer política.

Para os velhos políticos perderem, os empresários e corruptos precisam perder. Por isso, pedimos que apoie e vote nos candidatos do PSTU - um partido que todos os dias, e não apenas de quatro em quatro anos, está ao lado dos explorados e oprimidos. Vote nos candidatos de esquerda, naqueles que apoiam as greves e mobilizações dos trabalhadores e da juventude. Fortaleça essa luta!

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